Era uma vez um homem que trabalhava muito e deixava a sua família para segundo plano. Quando chegava em casa ao invés de beijar sua mulher e filhos realizava outras atividades e adicionava o afeto aos “Meus Favoritos”. Traição tampouco passava pela sua cabeça, ligava seu computador, ficava ouvindo música, e deixava de conversar com as pessoas; adicionava as salas de bate papo aos “Meus Favoritos”.
A pelada de fim de semana seguida do já sagrado chopinho já estava fora de cogitação; marcava com os amigos mas na hora H não comparecia e vai ver já estava tudo lá nos “Meus Favoritos”.
Sair com os filhos, no domingo, para dar uma volta em um parque e passar em um shopping center, nem pensar. “Ta tudo nos “Meus Favoritos”, logo logo eu vejo isso”.
Rapidamente chegaram as férias de fim de ano que felizmente coincidiam com as férias de sua esposa e filhos e que sempre decidiam passar pelo menos uma semana em um rancho no interior quiçá este ano ficariam elas nos “Meus Favoritos”.
Adiou suas férias e continuou a trabalhar por mais alguns meses. Sua esposa viajou com os filhos. Não sentiu ciúme desta viagem solo (?); o ciúme agora estava em “meus Favoritos”.
Todos os dias conversavam muito tempo pelo telefone e quase desejou que houvesse um meio de jogar as ligações para os “Meus Favoritos” e deste modo ter mais tempo para nada fazer.
No trabalho fez uma nova amizade. Conheceu uma mulher, muito atraente por sinal, que assim como ele tinha a mania de tudo jogar aos “Meus Favoritos” e nunca voltar a acessá-los. Tinham muito assunto e até saíram em uma sexta-feira para tomar um chope. Curiosamente não falaram dos favoritos.
A vida real tal qual a virtual estava agora inserida em uma lista de favoritos e não havia nada constante, só novidades que ficariam velhas e fossilizadas em um museu de “Meus Favoritos”.
Largou o emprego e passou a trabalhar em uma empresa de consultoria em que a maior parte dos serviços era realizada via internet e deste modo passou a trabalhar em sua residência. Ganhava menos mas passou a ter uma melhor “qualidade de vida”. Entre um trabalho e outro aproveitava para ver coisas novas e certamente adiciona-las aos “Meus Favoritos”. Era quase um ritual de acasalamento, porém ressalvando-se o famigerado coito.
Quase enlouqueceu pensando em “meus Favoritos”.
Voltou a conversar com sua antiga companheira de trabalho contudo já não havia aquela mesma química e isto era um sentimento recíproco, não se bloqueavam todavia ansiavam que houvesse um “Meus Favoritos” para aquela situação.
Sua esposa o abandonou pois achava que ele amava mais os seus “Meus Favoritos” do que ela e seus próprios filhos e deste modo acabou sozinho, apenas na companhia dos “Meus Favoritos”.
Um dia, numa madrugada fria, chegou bêbado em casa e foi afogar as magoas nos “Meus Favoritos”; acessaria tudo, até embriagar, encheria a cara com os “Meus Favoritos” até perder a noção de tudo.
Tentou ligar o PC e viu que nada acontecia, com os seus abrangentes conhecimentos de informática sabia o que havia acontecido.
Perdeu todo o seu conteúdo e chorou, chorou como um bebê, de um modo que nunca havia feito antes. Um vírus havia acabado com a razão de seu viver.
Precisaria agora formatar o seu computador e também a sua vida.
A pelada de fim de semana seguida do já sagrado chopinho já estava fora de cogitação; marcava com os amigos mas na hora H não comparecia e vai ver já estava tudo lá nos “Meus Favoritos”.
Sair com os filhos, no domingo, para dar uma volta em um parque e passar em um shopping center, nem pensar. “Ta tudo nos “Meus Favoritos”, logo logo eu vejo isso”.
Rapidamente chegaram as férias de fim de ano que felizmente coincidiam com as férias de sua esposa e filhos e que sempre decidiam passar pelo menos uma semana em um rancho no interior quiçá este ano ficariam elas nos “Meus Favoritos”.
Adiou suas férias e continuou a trabalhar por mais alguns meses. Sua esposa viajou com os filhos. Não sentiu ciúme desta viagem solo (?); o ciúme agora estava em “meus Favoritos”.
Todos os dias conversavam muito tempo pelo telefone e quase desejou que houvesse um meio de jogar as ligações para os “Meus Favoritos” e deste modo ter mais tempo para nada fazer.
No trabalho fez uma nova amizade. Conheceu uma mulher, muito atraente por sinal, que assim como ele tinha a mania de tudo jogar aos “Meus Favoritos” e nunca voltar a acessá-los. Tinham muito assunto e até saíram em uma sexta-feira para tomar um chope. Curiosamente não falaram dos favoritos.
A vida real tal qual a virtual estava agora inserida em uma lista de favoritos e não havia nada constante, só novidades que ficariam velhas e fossilizadas em um museu de “Meus Favoritos”.
Largou o emprego e passou a trabalhar em uma empresa de consultoria em que a maior parte dos serviços era realizada via internet e deste modo passou a trabalhar em sua residência. Ganhava menos mas passou a ter uma melhor “qualidade de vida”. Entre um trabalho e outro aproveitava para ver coisas novas e certamente adiciona-las aos “Meus Favoritos”. Era quase um ritual de acasalamento, porém ressalvando-se o famigerado coito.
Quase enlouqueceu pensando em “meus Favoritos”.
Voltou a conversar com sua antiga companheira de trabalho contudo já não havia aquela mesma química e isto era um sentimento recíproco, não se bloqueavam todavia ansiavam que houvesse um “Meus Favoritos” para aquela situação.
Sua esposa o abandonou pois achava que ele amava mais os seus “Meus Favoritos” do que ela e seus próprios filhos e deste modo acabou sozinho, apenas na companhia dos “Meus Favoritos”.
Um dia, numa madrugada fria, chegou bêbado em casa e foi afogar as magoas nos “Meus Favoritos”; acessaria tudo, até embriagar, encheria a cara com os “Meus Favoritos” até perder a noção de tudo.
Tentou ligar o PC e viu que nada acontecia, com os seus abrangentes conhecimentos de informática sabia o que havia acontecido.
Perdeu todo o seu conteúdo e chorou, chorou como um bebê, de um modo que nunca havia feito antes. Um vírus havia acabado com a razão de seu viver.
Precisaria agora formatar o seu computador e também a sua vida.
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