Após a queda do avião, surpreendentemente, lá estava ela ilesa em meio ao caos.
Não restavam vestígios do avião mas ela se lembrava muito bem da viagem aérea pois o trauma da queda não havia afetado a sua memória, não ao menos neste aspecto.
Carregava um papel amassado em mãos no qual havia um poema, escrito em outro idioma que não era o seu nativo; não sabia se havia sido escrito por ela mesma, seu marido ou filhos ou até por alguma desconhecido (a) porém já estava lendo e em sua compreensão soaria algo como:
Perdida em um novo mundo
Iluminada por luz de velas
Introspectiva, em pensamento profundo
Indagando-se a respeito da cela
Havia algo mais além da tênue solidão?
Um vasto tempo alienado em reflexão!
Comodismo disfarçado em convalescente embate?
Caos, paradigma digno de um singelo empate
Parou. Ficou a admirar a paisagem urbana. Estava em uma cidade litorânea. Conversava com as pessoas, contudo elas não respondiam. Além da indiferença das pessoas havia a da natureza. A areia não a sujava nem a água do mar conseguia molha-la.
Tirou de sua bolsa uma câmera que estava funcionando apesar de estar sem baterias e um vídeo game de seu filho que funcionava também sem baterias.
Sentou-se na areia da praia, em frente a um castelo de areia e uma criança sentou ao seu lado. Portava um baralho e construiu um castelo de cartas ao lado do castelo de areia. Chorava lágrimas brilhantes.
Pulou no pescoço da criança e abraçou-a ternamente. Esta a repeliu mas de um jeito que não foi rude ou agressivo.
Arrastou os pés na areia; parecia estar brincando, mas pelo contrário estava era desenhando algo que parecia ter um significado oculto.
Apenas disse:
- Mamãe, espere quinze minutos que logo estarei de volta. Pra tudo na vida há um significado.
E como num passe de mágica desapareceu.
Beliscou-se para ver se não estava sonhando. Não estava, sentiu uma lancinante dor na pele.
Aviões e asas delta cruzavam o ar.
Uma rainha passou ao seu lado carregada por súditos.
Disse para si mesma:
-Não se preocupe criança. Devemos ser iguais. Tenho todo o tempo do mundo para espera-la voltar.
Não restavam vestígios do avião mas ela se lembrava muito bem da viagem aérea pois o trauma da queda não havia afetado a sua memória, não ao menos neste aspecto.
Carregava um papel amassado em mãos no qual havia um poema, escrito em outro idioma que não era o seu nativo; não sabia se havia sido escrito por ela mesma, seu marido ou filhos ou até por alguma desconhecido (a) porém já estava lendo e em sua compreensão soaria algo como:
Perdida em um novo mundo
Iluminada por luz de velas
Introspectiva, em pensamento profundo
Indagando-se a respeito da cela
Havia algo mais além da tênue solidão?
Um vasto tempo alienado em reflexão!
Comodismo disfarçado em convalescente embate?
Caos, paradigma digno de um singelo empate
Parou. Ficou a admirar a paisagem urbana. Estava em uma cidade litorânea. Conversava com as pessoas, contudo elas não respondiam. Além da indiferença das pessoas havia a da natureza. A areia não a sujava nem a água do mar conseguia molha-la.
Tirou de sua bolsa uma câmera que estava funcionando apesar de estar sem baterias e um vídeo game de seu filho que funcionava também sem baterias.
Sentou-se na areia da praia, em frente a um castelo de areia e uma criança sentou ao seu lado. Portava um baralho e construiu um castelo de cartas ao lado do castelo de areia. Chorava lágrimas brilhantes.
Pulou no pescoço da criança e abraçou-a ternamente. Esta a repeliu mas de um jeito que não foi rude ou agressivo.
Arrastou os pés na areia; parecia estar brincando, mas pelo contrário estava era desenhando algo que parecia ter um significado oculto.
Apenas disse:
- Mamãe, espere quinze minutos que logo estarei de volta. Pra tudo na vida há um significado.
E como num passe de mágica desapareceu.
Beliscou-se para ver se não estava sonhando. Não estava, sentiu uma lancinante dor na pele.
Aviões e asas delta cruzavam o ar.
Uma rainha passou ao seu lado carregada por súditos.
Disse para si mesma:
-Não se preocupe criança. Devemos ser iguais. Tenho todo o tempo do mundo para espera-la voltar.
Continua...
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